A Ministra da Agricultura homologou o protocolo para a constituição do Centro de Competências do Pastoreio Extensivo (CCPE), que irá reunir agentes económicos do setor, entidades do sistema científico nacional e administração pública.
De âmbito nacional, o CCPE tem como missão ser um espaço de partilha de conhecimentos e de congregação dos recursos e competências existentes nas várias entidades, de forma a reforçar a investigação, a difusão do conhecimento, a promoção da inovação, a qualificação dos produtores e a valorização do setor pecuário assente no pastoreio extensivo.
«A criação deste Centro assume uma pertinência particular, porquanto os prados e as pastagens permanentes em Portugal ocupam cerca de 2 milhões de hectares, o que corresponde a 52% das terras agrícolas utilizadas. Além disso, o pastoreio extensivo é fundamental para a gestão ativa deste território, uma vez que contribui para a redução do risco de incêndios nos territórios mais vulneráveis, o incremento do teor de matéria orgânica do solo, a preservação e promoção da biodiversidade e a manutenção de paisagens abertas e de habitats naturais. Mas não só. Revela ainda ser fundamental para a produçãode produtos diferenciados de alta qualidade e para a criação de rendimentos e de emprego», explica a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.
O Centro de Competências do Pastoreio Extensivo dá cumprimento à Agenda «Terra Futura», na componente de promoção da investigação e inovação, através do envolvimento dos vários agentes económicos e das instituições relacionadas com a pecuária extensiva. Desenvolve, igualmente, várias das iniciativas emblemáticas (IE) da Agenda, como por exemplo a sensibilização dos consumidores e da população em geral para o consumo de produtos de época e de carne de pequenos ruminantes autóctones (na IE «Alimentação sustentável»); o incentivo à implementação de sistemas, culturas e práticas agrícolas que promovam o teor de matéria orgânica no solo (sequestro de carbono), incluindo o aumento da área das pastagens permanentes melhoradas (na IE «Mitigação das alterações climáticas»); a promoção do pastoreio extensivo com raças autóctones (na IE «Adaptação às alterações climáticas»); a promoção da utilização dos recursos genéticos endógenos animais e vegetais, da biodiversidade e da silvo pastorícia; e a valorização dos serviços ecológicos (na IE «Territórios sustentáveis»).