As exportações de produtos alimentares e bebidas cresceram 13,5% no acumulado de janeiro a setembro deste ano, face ao mesmo período de 2019, de acordo a análise feita pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nesta comparação com a fase pré-pandemia, o maior contributo foi dado pelas transações para os mercados extra-União Europeia, que cresceram mais de 26%, registando-se também um aumento próximo dos 7% nas exportações para a UE.
No que diz respeito às importações, foi registado um decréscimo de 0,8%, impulsionado por uma diminuição de 9% nas importações oriundas dos mercados extra-União Europeia, tendo sido verificado um ligeiro aumento de 0,63% nas trocas originárias de mercados da UE.
Na análise global, foi registada uma diminuição próxima dos 533 milhões de euros no défice da balança comercial.
“Este desempenho positivo das exportações é um bom sinal para a indústria portuguesa agroalimentar e, acima de tudo, deve ser interpretado e acolhido no contexto de uma estratégia de projeção económica do país”, afirma Jorge Tomás Henriques, Presidente da FIPA.
Adianta ainda que “a expectativa é continuarmos este caminho até ao final do ano, no entanto importa estarmos muito atentos à atual conjuntura de disrupções na cadeia de abastecimento, cenário que impacta não só a disponibilidade e custo das diversas matérias-primas, mas que pode ter impacto também nesta trajetória de exportação”.