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Azeites e sua Classificação

Agricultura
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azeite é usado desde a antiguidade, tendo um lugar de destaque na dieta mediterrânica. A sua composição química única, bem como as suas qualidades nutricionais e organolépticas largamente reconhecidas, colocam-no numa posição privilegiada entre todos os óleos e gorduras comestíveis. Com benefícios evidentes para a saúde, comprovados por inúmeros estudos, o azeite é um alimento cada vez mais procurado pelo consumidor e com impacto na economia do nosso país.


De acordo com o Regulamento UE 1308/2013, os “azeites virgens” são os azeites obtidos a partir do fruto da oliveira unicamente por processos mecânicos ou outros processos físicos, em condições que não alterem o produto, e que não tenham sido submetidos a outros tratamentos além da lavagem, da decantação, da centrifugação ou da filtração, com exclusão dos azeites obtidos com solventes, com adjuvantes de ação química ou bioquímica ou por processos de reesterificação, bem como de qualquer mistura com óleos de outra natureza.


Assim, qualquer azeite extraído nas condições anteriormente descritas é considerado azeite virgem, uma vez que é “apenas” o sumo proveniente das azeitonas!


Para se classificarem os azeites é necessário efetuar-se uma análise química e organoléptica, de acordo com o Regulamento (CEE) nº 2568/1991 e suas alterações. Após garantida a sua genuinidade, os azeites virgens, são classificados quanto à sua qualidade, podendo integrar as categorias de “Azeite Virgem Extra” ou “Azeite Virgem”, ambas comercializadas diretamente após a extração, ou de “Azeite Lampante”, de menor qualidade e que só pode ser comercializado após ser submetido às operações de refinação. A refinação permite eliminar as características indesejadas, como acidez elevada ou cheiros e sabores anómalos. O azeite refinado pode então ser lotado com  azeites virgens (virgem ou virgem extra), resultando daí o terceiro tipo comercial designado simplesmente por “Azeite“. A categoria “Azeite” é sempre constituída por loteamento de azeite refinado, não comercializável diretamente, com azeite virgem extra ou azeite virgem.


O bagaço de azeitona é um subproduto da produção do azeite. Composto basicamente pelas cascas, resíduos da polpa e fragmentos do caroço da azeitona, este produto pode ser ainda sujeito a tratamentos com solventes ou a processos físicos para extração da gordura remanescente, o óleo de bagaço de azeitona bruto. Este por sua vez pode sofrer refinação, originado o óleo de bagaço de azeitona refinado. O loteamento do óleo de bagaço de azeitona refinado com azeites virgens origina o óleo de bagaço de azeitona. Assim as categorias que podem ser encontradas à venda são: Azeite Virgem Extra, Azeite Virgem, Azeite e Óleo de bagaço de azeitona.


Com o fim de garantir a segurança alimentar dos consumidores, a autenticidade dos produtos e ainda a livre concorrência dos operadores neste setor do azeite, o Laboratório de Segurança Alimentar aposta na capacidade analítica que permita uma completa caracterização físico-química e sensorial de acordo com o estabelecido no Regulamento (CEE) nº 2568/1991 e suas alterações. A competência com que realiza estes ensaios é reconhecida anualmente por entidades independentes como seja o Conselho Oleícola Internacional (COI) e o Instituto Português da Acreditação (IPAC), evidenciada nos ensaios constantes do anexo técnico ao certificado de acreditação com o nº Nº L0209 1 Ed. 23 2016-07-29.

         
                     Figura 1
 – Esquema obtenção das várias categorias de azeites e óleo de bagaço de azeitona aptas para consumo final (DL 76/2010)

Azeites e sua Classificação