Agricultura biológica

Agricultura biológica triplicou em Portugal

Agricultura
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Instituto Nacional de Estatística publicou recentemente os resultados preliminares do Recenseamento Agrícola 201. Em comunicado, o Ministério da Agricultura mostrou-se satisfeito com os dados que constam no documento, dando conta da existência de “um conjunto de tendências positivas que importa consolidar. Nomeadamente, as que indicam que o número de explorações certificadas para a produção em modo biológico triplicou, tendo sido recenseadas cerca de 3,9 mil explorações certificadas para a produção em modo biológico”, destaca o Governo.

O comunicado do Ministério da Agricultura refere ainda um “aumento considerável de sociedades agrícolas, o que revela uma forte dinâmica do setor, bem como da superfície agrícola utilizada (SAU) em +7%, passando a ocupar 3,9 milhões de hectares (43% da superfície territorial) contrariando, assim, a tendência de descida verificada nas duas últimas décadas. Destaque, também, para o aumento da instalação de sistemas de rega que aumentaram a superfície potencialmente irrigável em 16%”.

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, sublinha que “os resultados agora conhecidos confirmam como essencial a estratégia que desenvolvemos em 2020 com a construção, participada e partilhada com todo o setor, da Agenda de Inovação para a Agricultura 20 | 30 – ‘Terra Futura’, que identificou e concretizou com medidas de ação política e metas, cujos dados agora conhecidos confirmam o caminho que temos de seguir”.

De acordo com a nota publicada pelo Governo, com a aprovação da ‘Terra Futura’ em Conselho de Ministros, “Portugal, e em especial, a agricultura portuguesa, têm ao seu dispor um instrumento estratégico que permitirá alcançar os objetivos nacionais e internacionais da dupla transição, digital e energética, da utilização mais eficiente dos recursos, da preservação da biodiversidade, da garantia de qualidade dos bens alimentares, e do justo rendimento dos produtores, nesta transição para uma agricultura mais competitiva, inovadora e sustentável”.

Neste ponto, Maria do Céu Antunes realçou “a necessidade de implementar políticas públicas que contrariem as tendências de abandono da atividade nas regiões mais fragilizadas, nomeadamente os pequenos produtores e invertam o envelhecimento destas populações. Por exemplo, vamos apostar na revitalização do tecido socioeconómico dos territórios rurais, promovendo o acesso ao conhecimento, ao financiamento, aos mercados, à diversificação das atividades económicas à criação de territórios rurais mais inovadores, através do envolvimento dos vários atores locais, dos recursos endógenos, do conhecimento, num processo participado e igualitário, adaptado à realidade local”.

Esta é apenas uma das Iniciativas da ‘Terra Futura’, que tem o propósito de fazer crescer a Agricultura, inovando-a e entregando-a à próxima geração.

Fonte: https://averdade.com/sociedade/2020-12-28-Agricultura-biologica-triplicou-em-Portugal