A campanha da castanha deste ano em Portugal destaca-se pela excelente qualidade do fruto, mas enfrenta uma quebra de produção significativa, que pode chegar a 50% em algumas regiões, conforme Abel Pereira, presidente da Associação Agro-Florestal da Terra Fria Transmontana (Arborea). Apesar da baixa quantidade, a qualidade é considerada uma das melhores dos últimos quatro anos, compensando de certa forma o cenário.
Este decréscimo na produção está relacionado com fatores climáticos adversos durante o verão, nomeadamente temperaturas baixas em julho e elevada humidade, que afetaram o desenvolvimento dos ouriços, essenciais para a formação das castanhas.
Em contrapartida, o preço pago aos produtores subiu, atingindo entre 2 e 2,5 euros por quilo, um aumento significativo em relação ao ano anterior, em que rondava entre 1,3 e 1,5 euros. Esta valorização representa um alívio financeiro para os cerca de cinco mil produtores das regiões de Vinhais e Bragança, responsáveis por metade da produção nacional, gerando um impacto económico estimado em 25 milhões de euros.
Esta campanha, apesar dos desafios, é classificada como “média” em termos de rendimento, mas promete um produto de alta qualidade para o consumidor final.
